
Não sei quanto a você, mas eu chamo essa coisa de Djuly. Não, brincadeira, claro né. Botei essa frase em homenagem a um dos melhores escritores da literatura brasileira, que faleceu hoje.
Se passou algum (muito) tempo desde que eu postei alguma coisa. Até houveram dias em que a inspiração veio, e me deixou com uma vontade de louca de escrever em qualquer lugar. E é nessas horas que minha mãe me vê correndo pro meu quarto, bagunçando a gaveta a procura de um caderno onde eu possa anotar antes que meu pensamento fuja. Mas como eu sou (uma bosta literária) não muito boa em escrever as coisas, eu não publico. Só que a de hoje me pareceu interessante. Mas devo avisar que hoje o post será longo.
Minha mãe me disse uma frase hoje. Não sei quem é o autor, e sinceramente não procurei por preguiça. Então digamos que é de Autor Desconhecido. "O coração tem razões que a própria razão desconhece". A Ingrid também me disse uma coisa hoje, que eu nunca tinha parado para pensar. Ela disse que eu sou "fechada", não falo muito sobre mim. Eu fiquei pensando nessas coisas durante muito tempo, e não foi tão difícil chegar a uma conclusão. Eu sei que elas parecem desconexas, mas paciência.
Eu não vou entrar em detalhes do motivo de eu ser assim, razões pessoais. Mas a questão é que, realmente, eu sou um livro fechado. Eu sempre achei o contrário, mas não. Com o tempo eu criei uma casca que separava meu físico do emocional. E na minha opinião é uma casca fina e sensível, que é fácil de ser quebrada, mas que ainda assim me esconde com uma imagem que não sou eu. Eu poderia dizer que ela é turva e escura, borrada. Isso não tem motivos exibicionistas nem nada do tipo (por favor né), é só pra minha proteção. Eu construí ela pra me proteger, e quem sabe esconder, das coisas com que eu não sei lidar. No fundo, eu não sou essa pessoa que vocês podem enxergar. Quase ninguém é, somos muito além disso.
Um teste que eu fiz hoje afirmou sobre mim "Reluta em expor sua vulnerabilidade e, portanto, considera desaconselhável demonstrar afeto ou ser excessivamente efusivo. Considera a relação como laço deprimente, mas embora queira ser independente e desimpedido, não quer correr o risco de perder seja o que for. Tudo isso o leva a reagir com irritação impaciência, ao mesmo tempo que o impulso para "fugir de tudo" resulta em considerável inquietação."
E calma, eu não falei aquela frase da minha mãe por motivo nenhum. Eu estava conversando com ela (não importa o assunto rs), e o que a Ingrid me disse veio a tona. Meu emocional arranja umas razões que eu mesma não sei decifrar, e prefiro nem tentar para não acabar maluca. Mas eu escondo isso, ou tento. As vezes a minha "casca" fica tão nítida que é possível enxergar parte da verdadeira Djuly que existe dentro de mim (Haa, a frase do Saramago não era sem motivo, viu rs). Porém, como eu preservo a minha imagem, tento mascarar o que acontece. Claro que as coisas acabam confusas, e é possível que você descubra o que realmente está acontecendo. Isso está acontecendo muito frequentemente. E pra falar a verdade, isso é um pouco preocupante pra mim.
Quando tudo aquilo que você construiu durante a sua vida começa a desmoronar, é inevitável você tentar reconstruir. Desde muito (muito) pequena (é, mais), eu já tinha começado isso. Só que minha casca era grossa e rígida. Acho que com o tempo em que eu fui amadurecendo, eu tive de me preocupar com outras coisas e isso foi ficando de lado. Para quem era chamada de "nervosinha", "pimenta" ou "mandona", ser chamada de coisas um tanto melhores hoje é difícil de acreditar. Eu não sei se eu poderia chamar isso de progresso, mas que alguma coisa está acontecendo, está. Eu sinceramente estou começando a ficar confusa com minhas próprias idéias. Então vou concluir dizendo que por mais que essa barreira seja alta, ela possui frestas, e em algum momento alguém vai espiar por uma delas. E quem sabe, isso não será tão ruim.
Se passou algum (muito) tempo desde que eu postei alguma coisa. Até houveram dias em que a inspiração veio, e me deixou com uma vontade de louca de escrever em qualquer lugar. E é nessas horas que minha mãe me vê correndo pro meu quarto, bagunçando a gaveta a procura de um caderno onde eu possa anotar antes que meu pensamento fuja. Mas como eu sou (uma bosta literária) não muito boa em escrever as coisas, eu não publico. Só que a de hoje me pareceu interessante. Mas devo avisar que hoje o post será longo.
Minha mãe me disse uma frase hoje. Não sei quem é o autor, e sinceramente não procurei por preguiça. Então digamos que é de Autor Desconhecido. "O coração tem razões que a própria razão desconhece". A Ingrid também me disse uma coisa hoje, que eu nunca tinha parado para pensar. Ela disse que eu sou "fechada", não falo muito sobre mim. Eu fiquei pensando nessas coisas durante muito tempo, e não foi tão difícil chegar a uma conclusão. Eu sei que elas parecem desconexas, mas paciência.
Eu não vou entrar em detalhes do motivo de eu ser assim, razões pessoais. Mas a questão é que, realmente, eu sou um livro fechado. Eu sempre achei o contrário, mas não. Com o tempo eu criei uma casca que separava meu físico do emocional. E na minha opinião é uma casca fina e sensível, que é fácil de ser quebrada, mas que ainda assim me esconde com uma imagem que não sou eu. Eu poderia dizer que ela é turva e escura, borrada. Isso não tem motivos exibicionistas nem nada do tipo (por favor né), é só pra minha proteção. Eu construí ela pra me proteger, e quem sabe esconder, das coisas com que eu não sei lidar. No fundo, eu não sou essa pessoa que vocês podem enxergar. Quase ninguém é, somos muito além disso.
Um teste que eu fiz hoje afirmou sobre mim "Reluta em expor sua vulnerabilidade e, portanto, considera desaconselhável demonstrar afeto ou ser excessivamente efusivo. Considera a relação como laço deprimente, mas embora queira ser independente e desimpedido, não quer correr o risco de perder seja o que for. Tudo isso o leva a reagir com irritação impaciência, ao mesmo tempo que o impulso para "fugir de tudo" resulta em considerável inquietação."
E calma, eu não falei aquela frase da minha mãe por motivo nenhum. Eu estava conversando com ela (não importa o assunto rs), e o que a Ingrid me disse veio a tona. Meu emocional arranja umas razões que eu mesma não sei decifrar, e prefiro nem tentar para não acabar maluca. Mas eu escondo isso, ou tento. As vezes a minha "casca" fica tão nítida que é possível enxergar parte da verdadeira Djuly que existe dentro de mim (Haa, a frase do Saramago não era sem motivo, viu rs). Porém, como eu preservo a minha imagem, tento mascarar o que acontece. Claro que as coisas acabam confusas, e é possível que você descubra o que realmente está acontecendo. Isso está acontecendo muito frequentemente. E pra falar a verdade, isso é um pouco preocupante pra mim.
Quando tudo aquilo que você construiu durante a sua vida começa a desmoronar, é inevitável você tentar reconstruir. Desde muito (muito) pequena (é, mais), eu já tinha começado isso. Só que minha casca era grossa e rígida. Acho que com o tempo em que eu fui amadurecendo, eu tive de me preocupar com outras coisas e isso foi ficando de lado. Para quem era chamada de "nervosinha", "pimenta" ou "mandona", ser chamada de coisas um tanto melhores hoje é difícil de acreditar. Eu não sei se eu poderia chamar isso de progresso, mas que alguma coisa está acontecendo, está. Eu sinceramente estou começando a ficar confusa com minhas próprias idéias. Então vou concluir dizendo que por mais que essa barreira seja alta, ela possui frestas, e em algum momento alguém vai espiar por uma delas. E quem sabe, isso não será tão ruim.
Muito bom Dju!!
ResponderExcluirMuito bem escrito, adorei (:
Concordo com tudo, realmente você é meio fechada, nós já te dissemos isso uma vez...
ResponderExcluirpoucas vezes eu vi " a verdadeira djuly"... mas gosto de você de qualquer jeito.
Que você consiga se abrir mais com quem realmente gosta de você.
Te amo *-*
Concordo com tudo, realmente você é meio fechada, nós já te dissemos isso uma vez... me identifiquei muito com isso, sério. ja percebeu que nós somos muito parecidas? OMG minha gêmula *-*
ResponderExcluirpoucas vezes eu vi " a verdadeira djuly"... mas gosto de você de qualquer jeito; desde que você não brigue comigo.
Que você consiga se abrir mais com quem realmente gosta de você -tipo eu.
Te amo tbm *-*